domingo, 6 de janeiro de 2013

Miocénico - Arquitaniano


Miocénico ou Mioceno



O Mioceno, teve o seu nome escolhido por Sir Charles Lyell, e este nome vem do grego μείων (meion, menos) e καινός (kainós, novo, recente) significando “menos recente”, porque tem menos 18% de invertebrados marinhos que o Pliocénico.
O Mioceno ou Miocénico, corresponde á quarta época da era Cenozóica e á primeira época (inferior) do período Neogeno. Esta época geológica extende-se aproximadamente entre os 23,03 e os 5,332 milhões de anos atrás, sendo assim com esta duração de cerca de 18 milhões de anos a época mais longa da era Cenozoica.
Sucede ao Oligoceno e precedendo o Plioceno.
A sua subdivisão em idades é feita pela relativa abundância de diferentes espécies de Nanofósseis calcários e foraminíferos.
As idades do Miocénico são assim:
Messiniana
(7.246–5.332 Milhões de anos)
Tortoniana
(11.608–7.246 Milhões de anos)
Serravalliana
(13.65–11.608 Milhões de anos)
Langhiana
(15.97–13.65 Milhões de anos)
Burdigaliana
(20.43–15.97 Milhões de anos)
Aquitaniana
(23.03–20.43 Milhões de anos)



Paleogeografia e mudanças climáticas

A única diferença entre a configuração actual dos continentes e a desta época, é a ponte terreste entre a América do Sul e do América do Norte, estando ausente durante esta época. No entanto a América do Sul estava a aproximar-se da zona de subducção no Oceano Pacifico, causando assim não só o crescimento dos Andes mas também a extensão para sul da peninsula Meso-Americana.
Durante o Mioceno formaram-se zonas montanhosas em várias partes do mundo, da América do Norte, á Europa e á este Asiático.
O choque da India com a Eurásia provocou também um crescimento dos Himalaias.
Entre 19 e 12 milhões de anos atrás ocorreu também o choque entre Africa e a Eurásia. Nessa região a ocorreu por isso um uplift de montanhas na região oeste do Mediterrâneo, este factor combinado com a descida do nível eustático provocaram a temporária secagem do mar Mediterrâneo.
Devido a esta deslocação do continente Africano, os níveis de pluviosidade na zona norte do continente diminuíram.
O avanço da Oceânia que ocorreu durante esta época para um local também de baixa pluviosidade, levou a que se confirma-se uma tendência global para o aumento da aridez.
O referido movimento da Oceânia, permitiu também que se estabelecesse a Corrente Circumpolar Antártica, esta corrente contribuiu para uma menos eficiente distribuição do calor, formando-se, como consequência da descida da temperatura média a nível global, calotes polares no pólo sul.
Esta descida global na temperatura viria a culminar nas idades do gelo do Pleistoceno, provocando a extinção de inúmeras espécies de seres vivos. 

Disposição dos continentes durante o Miocénico



Fauna e Flora

Durante o Mioceno a grande maioria dos seres eram já reconhecíveis e comparáveis aos que temos hoje em dia. No entanto foi durante esta época que surgiram dois importantíssimos ecossistema: as florestas de kelp e áreas de grandes dimensões dominadas pela vegetação rasteira. Na Eurásia e na América do Norte, o aumento destas áreas forçou a uma alteração evolutiva nos herbívoros, tendo essa evolução ocorrido devido ao facto de a erva ser extremamente rija e abrasiva, por isso mesmo herbívoros como os cavalos desenvolveram dentes bastante resistentes ao desgaste.  Surgiram assim os grandes mamíferos herbívoros, enquanto outras espécies com menor capacidade adaptativa e evolutiva se extinguiram.
Este aumento de áreas cobertas por vegetação rasteira, como a erva e os pequenos arbustos, foi ainda mais acentuado no fim do miocénico, quando um grande arrefecimento resultou numa redução ainda mais significativa de florestas tropicais.
Durante o Mioceno a diversidade em mamíferos atingiu mesmo o seu pico, muitos dos mamíferos e aves desta época eram já, como referido, bastante parecidas ás actuais,enquanto em terra surgiram por exemplo os macacos antropomórficos, no mar dominavam tubarões gigantes os Megalodontes, que chegavam a atingir cerca de 15 metros e se alimentavam das primeiras baleias.

Megalodon



Aquitaniano

O Aquitaniano foi nomeado pelo Suiço Karl Mayer-Eymar em 1858, tendo este nome devido a um região francesa chamada Aquitaine.
O Aquitaniano, é a mais antiga divisão do Mioceno, tendo decorrido entre 23 milhões e 20,4 milhões de anos atrás. O seu limite inferior coincide com o aparecimento da espécie de foraminíferos Paragloborotalia kugleri e com a extinção de uma espécie de nanoplâncton a Reticulofenestra bissecta. A secção e local global do estratótipo, é na secção Lemme-Carrosio perto da pequena vila, de nome Carrosio no norte da Itália. O topo do Aquitaniano marca também a primeira aparição de outra espécie de foraminíferos, a Globigerinoides altiaperturus.

Globigerinoides altiaperturus


Bibliografia
Mioceno

Aquitaniano






                                             

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